Nas ruas: as praças,
Nas praças: a desgraça.
Pés descalços, cabisbaixos.
Na noite: as luzes,
Nas luzes: a angústia.
O medo,
a fome,
o frio.
Vagam errantes : os caminhantes,
sem rumo se embriagam,
se entorpecem.
Não existe fome,
se riem do medo,
e do frio se vestem.
As ruas,
as praças,
a desgraça,
a noite,
as luzes.
Tudo gira,
giram vidas informes.
Corpos ausentes caem inertes.
A rua dorme,
a praça dorme,
dorme a fome,
o medo,
o frio.
A noite chama o dia,
o dia mostra corpos sem nome.
Sem nome andam nas ruas,
sentam nas praças,
observam a noite,
e a noite os observa.
Rostos inexatos,
mascaras que os circunscrevem.
Não se dão aconhecer ,
não são conhecidos .
A noite não precisa de rosto,
a fome não precisa de rosto,
o medo não precisa de rosto.
O rosto não precisa do corpo.
Os corpos caem inertes,
nas ruas , nas praças.
Que desgraça.
Nas praças: a desgraça.
Pés descalços, cabisbaixos.
Na noite: as luzes,
Nas luzes: a angústia.
O medo,
a fome,
o frio.
Vagam errantes : os caminhantes,
sem rumo se embriagam,
se entorpecem.
Não existe fome,
se riem do medo,
e do frio se vestem.
As ruas,
as praças,
a desgraça,
a noite,
as luzes.
Tudo gira,
giram vidas informes.
Corpos ausentes caem inertes.
A rua dorme,
a praça dorme,
dorme a fome,
o medo,
o frio.
A noite chama o dia,
o dia mostra corpos sem nome.
Sem nome andam nas ruas,
sentam nas praças,
observam a noite,
e a noite os observa.
Rostos inexatos,
mascaras que os circunscrevem.
Não se dão aconhecer ,
não são conhecidos .
A noite não precisa de rosto,
a fome não precisa de rosto,
o medo não precisa de rosto.
O rosto não precisa do corpo.
Os corpos caem inertes,
nas ruas , nas praças.
Que desgraça.
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