sábado, 2 de outubro de 2010

Fuga da morte

A morte espreita,
olha atenta.
A faca na cozinha, a corda do varal.
Maquiavélica , nunca se deita.
Espia o teu choro,
suspira a tua angústia,
alimenta-se da dor que te corroí.
A vil senhora ri da tua solidão.
Não descansa, percebe os teus pensamentos,
se não são de paz, ela se alegra,e bate palma
da tua tristeza.
-Ora vil senhora:Pega a tua corda,
pega tua faca, e enrola-te na tua rede.
- Não vês? Estou a sorri, a angústia já não me quer,
se foi ao romper da aurora.
A dor, companheira tão fiel, tomou um barco ao final
da tarde e perdeu-se no vasto mar.
Solto risos na solidão.
- Não percebe que a vida vestiu-me com a alegri?
Estou a cantar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário